(portoguês) Pela Libertação das Mulheres no Socialismo!

Por todo o mundo, os movimentos de mulheres combativas começaram a enfrentar os desafios, lutando e a posicionando-se cada vez mais em relação à sociedade como um todo. No ano passado, o papel especial das mulheres na revolta popular no Irão contra a ditadura Mullah e a resistência activa das mulheres contra o domínio Taliban no Afeganistão e contra o nacionalismo Hindu neo-fascista da RSS na Índia tornaram-se brilhantes exemplos. Há um crescente de movimentos de mulheres combativas contra a violência contra as mulheres e os feminicídios, contra a opressão devido à orientação sexual como LGBTQA, pelo direito à autodeterminação sobre os seus próprios corpos e vidas, por salários mais altos e equivalentes e melhores condições de trabalho, contra a inflação mundial e muito mais. As greves das mulheres trabalhadoras na Grã-Bretanha, na indústria têxtil e nas plantações de chá na Ásia são uma espinha dorsal significativa do movimento internacional de mulheres. Sob as condições mais difíceis, as mulheres na Rússia estão a enviar sinais de resistência contra a guerra de agressão e belicismo do governo, tais como nos centros de recrutamento.  A luta heróica e a resistência das mulheres palestinianas contra a repressão e opressão sionistas continua a ser um ponto de referência e uma lição para todas as mulheres do mundo inteiro.

As lutas das mulheres no Curdistão são uma importante fonte de inspiração para os movimentos de mulheres combativas por todo o mundo, especialmente a resistência das mulheres em Rojava contra os ataques do Estado fascista Turco. Em muitos países, as mulheres estão a travar as guerras imperialistas assassinas segundo o espírito de Clara Zetkin e estão, elas próprias, a participar nas guerras de libertação.

A 3ª Conferência Mundial das Mulheres de Base na Tunísia, em 2022, reuniu o movimento internacional de mulheres combativas e proporcionou um importante fórum para o necessário debate ideológico-político e esclarecimento do inimigo comum no sistema mundial imperialista.

As mulheres militantes e combativas vêem-se cada vez mais confrontadas, de uma forma ou de outra, com a realidade de que a liberdade das mulheres se depara sistematicamente com os limites da ordem social burguesa, com o seu opressivo sistema familiar e estatal. A ICOR, que se comprometeu com a libertação das mulheres e de toda a humanidade, apoia as lutas das mulheres com as suas organizações-membro, defende a solução revolucionária da libertação das mulheres e promove o papel das mulheres revolucionárias nas suas organizações. Com a sua 1ª Conferência das Mulheres, a 26 de Agosto de 2022, expressou uma vez mais esta posição de forma viva e enviou um sinal - também através da conquista de mulheres amigas da ICOR. Com a estrutura de uma coordenação feminina quer dedicar-se de forma ainda mais eficaz a esta tarefa, porque a luta de libertação das mulheres, como parte integrante da luta de classes e das lutas de libertação contra a exploração, a opressão, o domínio imperialista e as guerras, exige mais do que nunca perspectivas e abordagens revolucionárias claras quanto às soluções.

Por conseguinte, nós, como ICOR, apelamos a todos os partidos da ICOR e todos os revolucionários a trabalharem mais intensamente entre mulheres e raparigas e a promoverem a sua auto-liberação. Apelamos a todas as mulheres e raparigas deste mundo a juntarem-se à luta revolucionária, a juntarem-se às fileiras das organizações membros da ICOR e a lutarem na linha da frente contra a violência, opressão e desigualdade de género, bem como pela libertação social! Este ano é especialmente importante ganhar organizações de mulheres para a Frente Única Internacional (UF) e para o seu primeiro congresso mundial, em Setembro, e para a conferência internacional de mineiros na Alemanha, no início de Setembro. Isto reforçará a solidariedade entre os movimentos de trabalhadores e de mulheres a nível internacional.

Pela libertação da mulher, pelo socialismo e pelo comunismo!

• Façamos do dia 8 de Março um dia mundial de luta pela libertação das mulheres e de toda a humanidade!
• Reforcemos a solidariedade internacional com as mulheres que lutam pela liberdade, pela paz e pela justiça em todo o mundo!
• Façamos um trabalho de sensibilização contra todos os tipos de opressão, discriminação ou desrespeito pelas mulheres e promovamos e fortaleçamos especificamente as mulheres nas lutas revolucionárias!

Signatárias iniciais - mulheres de partidos da ICOR e organizações de mulheres de massas a elas associadas:

- Austrália: Lindy L., Vice-Presidente do Partido Comunista da Austrália (Marxista-Leninista).

- Bangladesh: Shampa Basu. Presidente do Fórum Socialista das Mulheres, Comité Central, Bangladesh; Dilruba Nury, Secretária-Geral do Fórum Socialista das Mulheres, Bangladesh; Manisha Chakraborty, Secretária Organizadora do Fórum Socialista das Mulheres, Bangladesh.

- Alemanha: Gabi Fechtner

- Índia: Camarada Pramilla, AIRWO - All India Revolutionary Women's Organization

- Portugal: Ana Vomhof, mulher militante da UMLP - União Marxista-Leninista Portuguesa

- Norte e Oeste da Síria: JKŞ Mulheres Comunistas Revolucionárias do Norte e Leste da Síria: Fadya Sido (Porta-voz).

- Rojava: Gabinete de Unidade Popular e Solidariedade do SYPG Rojava

- África do Sul: Gloria Mgaju, Abanqobi Women Together.

- Tunísia: Amira Dallech PPDS,Tunísia, Marwa Nejk PPDS,Tunísia Europa, Amani Abid Kifah, Tunísia; Torkia Chaibi, Million Rural Women and the Landless, Tunísia; Iman Kahlaoui Kifah,Tunísia; Women committee Latifa Taamalah PPDS Tunisia, Kifah,Tunísia, Million Rural Women and the Landless,

- Ucrânia: Alina e as Mulheres do KSRD, Concelho de Coordenação do Movimento da Classe Trabalhadora

- Uruguai: Frente de Mulheres do PCR-U - Partido Comunista Revolucionário do Uruguai

Signatários (a partir de 7 de Fevereiro de 2023, são possíveis mais signatários):